Ebaaaa!!! É claro que eu irei agradar o público que ama ler as minhas bobagens retardadas de cocÔ (para não dizer merda). Eu comecei "non-sense" para descontrair um pouco. Tipo... um alívio cômico.
O texto tem o conteúdo que pessoas velhas - e jovens - devem ler. O texto será um pouco aleatório. Isso era para ser um conteúdo bem diferente, mas eu comecei a falar sobre a série Full House e o texto inteiro ficou nesse assunto.
As vezes eu revejo o meu passado para ter uma ideia melhor sobre os fatores que me transformaram no que eu sou hoje.
Um cara que se auto-intitula "um retardado feliz". Diversos fatores me fizeram adotar esse título.
Além de fatores que ocorreram no mundo real, eu também assistia muita TV. E eu adorava assistir as reprises de Full House pelo S.B.T.. Como eu já era meio "anti-social", um pouco de minha personalidade foi definida por meio do entretenimento. E com o passar do tempo, períodos em que eu fui escroto (não me orgulho disso) e um tempo repensando a minha vida, eu resolvi rever os episódios dessa "família estadunidense" feliz.
Desde as minhas retardadices até os meus momentos mais racionais, que evitaram que eu fizesse uma merda que me deixasse em uma situação bem complicada, em boa parte eu devo agradecer ao excelente roteiro dessa série, criada por Jeff Franklin. Com boas histórias e ótimos ensinamentos.
A cada episódio que eu revejo, eu percebo o quanto eu absorvi daquilo. E olha que eu sou da geração que assistia as reprises de He-man, Looney Tunes, Animaniacs e diversas outras produções audiovisuais politicamente incorretas (que eu ainda curto). Mas por algum motivo, Full House foi a produção que mais me atraiu.
Eu estou (re)assistindo com o áudio original. Eu reparei que a dicção da Jodie Sweetin era bem estranha. Hehe! Não sei como tá hoje. Eu não pesquisei a fundo a história de cada atriz/ator que atuou na série. Esse texto era para ser sobre um tema diferente mas eu comecei a falar sobre a série e cá estamos nós.
Puuuura nosstaaalgiiaa
Eu não vou deixar a nostalgia influenciar em minhas opiniões sobre a série, sobre as pessoas que trabalharam para entreter as pessoas, enfim... É claro que muita coisa era propositalmente exagerada, para entreter o público. E um padrão comportamental que - por algum motivo - eu vejo em alguns lugares da região Sul. Inúmeros estereótipos que eu conheci nessa série e alguns que hoje em dia, eu acho interessante ver em outras produções audiovisuais.
Quando eu escrevo textos como esse, eu tento manter um equilíbrio entre razão e emoção. Senão eu acabaria falando muita merda, passando informações erradas e se faço isso, eu não iria perceber o erro e admitir o erro. Porém, há momentos realmente difíceis de manter esse equilíbrio.
Enquanto eu escrevo esse parágrafo, eu acabei de assistir a um episódio em que Micelle Tanner - que era interpretada pelas gêmeas que, por um boom tempo eram as "queridinhas" da indústria do entretenimento - deixa escapar um pássaro que estava em uma gaiola. - Vamos lembrar que era final dos anos 80's. - Ela ficava repetindo a frase "I'm a bad girl!" e um garoto com uma coroa - que foi chamada de "coroa da divisão", que era entregue para quem dividia os brinquedos - piora ainda mais a situação dizendo que ela é uma garota muito má.
Todo o episódio gira em torno desse fato e ela vai aprendendo que não foi má por isso. É óbvio que no final termina tudo bem. Mas, isso não descarta a boa mensagem quando o garoto, que deu ênfase ao auto-julgamento da Michelle Tanner tira a coroa de sua cabeça e coloca na cabeça da protagonista, mostrando que perdoa ela pelo pequeno erro que cometeu.
Uma coisa legal que eu aprendi com essa série é que extremos não costumam ser uma coisa boa. Seja qual for a situação, além de questionar, as pessoas dever exercitar a habilidade de ser questionado. Mesmo não concordando com algo que a outra pessoa diga, sempre é bom ouvir até o final e que boas maneiras devem ser praticadas desde criança.
E com isso eu começo a falar sobre as boas maneiras e mais uma vez a nossa protagonista baby aprende uma boa lição. Em um dos episódios, ela mostra não curtir muito dividir as coisas com as outras pessoas. Eis que alguém tem a brilhante ideia de aproveitar um desses momentos clichês em família, para ensinar que dividir as coisas com as outras pessoas pode ser uma coisa legal.
Eu só não consigo me lembrar o que comiam em cena, mas para o caso isso é irrelevante. Danny Tanner (Bob Saget) coloca a comida no prato e passa para quem está ao lado, que faz o mesmo até circular a mesa toda e chegar ao prato da Michelle. Para ter certeza que a filha aprendeu ele diz que gostaria muito que alguém dividisse a panqueca com ele.
Ou seja, não é por que é uma criança, que atitudes ruins devem ser ignoradas. É a fase de aprendizagem e se a criança mostra um egoísmo forte, extremos e enfim, tem que mostrar que apesar de compreensível a preocupação com o que possa acontecer com o que lhe pertence, as vezes é bom dividir o que tem com outras pessoas.
Até mesmo adultos estão em fase de aprendizagem
No episódio Dr. Dare Rides Again, Jessie (John Stamos) reencontra um velho amigo com quem vivia uma vida despreocupada e sem muitos objetivos. Em comemoração eles fizeram uma festa e todos assistiram uma gravação em V.H.S. em que ele faz uma manobra muito arriscada com uma motocicleta em cima de uma altura de 6 andares. No vídeo a garota que namorava ele na época incentivava o ato.
Todos aplaudiram a façanha e logo depois viram que foi um erro,pois Jessie para impressionar o seu amigo disse que iria repetir a façanha. Só que as coisas mudaram. Sthephannie ainda era uma criança, e D.J. (Candance Cameron) na pré-adolescência e Michelle já ia para a pré-escola. O seu amigo tentou impedi-lo, mas ele queria provar para si próprio que não era um looser
Well... na época em que o vídeo foi gravado ele não tinha muitas responsabilidades na casa. Talvez a D.J. sentiria muita falta dele. Tirando o enorme gasto financeiro que a sua família teria com o velório depois do ato irresponsável de Jessie.
Jessie já não é mais jovem. Os atos dele podem ter consequências ainda maiores não apenas ele, mas para sua família, incluindo as crianças que poderiam sair prejudicadas, devido as consequências de seus atos. É nesse momento em que Jessie vai ter uma atitude irracional, chegam em dois veículos a sua família e a sua esposa, Beckie (Lori Louglin).
Uma coisa que essa série fez bem foi mostrar de maneira positiva o Empoderamento Feminino. E isso era algo não muito recente naquela época. Para entender melhor o que eu digo veja o vídeo a seguir:
Well... quando Jessie fez a manobra, durante a sua juventude, aquilo era descolado pelo simples fato de ser NAQUELA ÉPOCA uma libertação da regra social de que "os filhos são cópias exatas dos pais". - Só que não! - Algumas mudanças que deram origem a liberdade que os jovens tem hoje estavam apenas começando.
Jessie ouviu de seu próprio amigo que ele não precisa agir feito um pseudo-rebelde para ser um cara legal. Os dois continuaram amigos e Jessie não foi "amarelão" por não ter feito a manobra com a moto. E logo depois da despedida D.J. entra em cena, depois de falar que prefere o "novo Jessie", o que é mais presente na vida dela, diz a seguinte frase:
Às vezes é preciso mais coragem para desistir.
Eu vou terminar esse post com uma cena que irá fazer você, pessoa tola, mostrar o quão tola e emotiva você é.
Well... agora eu irei "desligar" as minhas emoções até o próximo textão. Voltamos com o habitual.